Uma das poucas estátuas Moai fora da Ilha de Páscoa. Originaria de Ahu O’Pepe está no National Museum of Natural History da Smithsonian Institution em Washington D.C.
Uma das poucas estátuas Moai fora da Ilha de Páscoa. Originaria de Ahu O’Pepe está no National Museum of Natural History da Smithsonian Institution em Washington D.C.
Eu já havia viajado algumas vezes. As vezes pra perto as vezes pra longe, mas sempre com a data de volta marcada, logo ali. Dessa vez foi na bagagem também o peso de talvez estar deixando as coisas para trás. É diferente, acho que só sabe quem já passou por isso.
Nós saimos de Fortaleza, passamos por uma escala em São LuÃs, uma conexão em Manaus (onde quase perderam nossa bagagem), Atlanta (onde é feita a imigração) e finalmente Washington DC depois de quase 20 horas de viagem. A espera é ligeiramente aliviada pelo conforto oferecido numa vôo internacional, poltronas um pouco maiores, telas individuais com música, filmes, tv, seriados e todas as coisas novas que você vai vendo.
O lugar onde eu moro é uma miniatura do mundo. Há pessoas de todo o mundo. Todos tem sido extremamente receptivos e simpáticos comigo. É uma casa muito grande e bonita. Nos perÃodos que estou em casa geralmente estamos tocando violão, ou jogando Beatles Rock Band, cozinhando ou conversando, sempre em Inglês.
Já no meu dia-a-dia eu tenho que entender espanhol o dia inteiro e vou tentando aprender como posso. Por ser uma instituição Inter-Americana uma das caracterÃsticas é que há pessoas da América do Norte, Central e Sul. As vezes as conversas aqui fluem até numa espécie de mistura de português, espanhol e inglês. Apesar dessa dificuldade inicial tudo a adaptação é muito suavizada por estar em um ambiente de hábitos latinos. A comida por exemplo. Há uma ótima, enorme e rica cafeteria com refeições dos mais variados tipos e geralmente com um sabor familiar. Outro dia eu comi feijoada. 😛 Nos outros latinos no trabalho também é familiar o jeito de falar, gesticular e as brincadeiras.
As minhas preocupações anteriores em como seria minha alimentação aqui se mostraram desnecessárias (pelo menos por enquanto). Embora haja uma grande quantidade de fast-foods e porcarias por todos os lados, há inúmeras soluções saudáveis e muito práticas. Na t (algo como uma mercearia) em que eu compro minha comida perto de casa há muita oferta de frutas, verduras e comida saudável e também fácil de fazer. Algumas é só colocar no microondas e pronto. Até agora eu tenho levado uma alimentação mais saudável do que a que eu tinha no Brasil. O curioso é que outro dia eu fui no McDonalds, mais por turismo do que por necessidade, e pude reparar como aqui ele é diferente. Pra encurtar a história o McDonalds daqui é muito frequentado por mendigos (!) por ser uma comida barata e com porções enormes.
Também fui a algumas festas e conheci algumas áreas mais boêmias da cidade e gente de todos os lugares do mundo. Com certeza não faltam ótimas opções para todos os gostos e se num estado etÃlico mais moderado sempre se pode voltar pra casa de metrô. Sempre atento é claro aos horários que ele fecha. Há também uma infinidade de museus, mas como está no fim do verão (férias) está tudo muito lotado e com filas enormes então eu vou deixar pra ir depois, talvez fazer uma lista dos lugares que eu quero ir.
Eu não trouxe meu notebook pra cá então só tenho acessado Internet do trabalho ou usando o N800 em casa. Comprei um celular bem simples mas que está facilitando muito a minha vida. Pago 25 dólares por mês por 300 minutos de ligações, mensagens/internet ilimitadas, ligações a 2 centavos por minuto pro Brasil (apesar de que uso o Skype todo dia pra ligar pra casa) e não tem nenhum contrato (a maioria aqui tem contratos de 2 anos). A grande vantagem dele é que eu uso o Google Maps pra ele que me diz onde eu estou e como chegar em qualquer lugar, tem sido indispensável. Estou vendo um laptop pra eu poder jogar e poder voltar a escrever com mais frequência.
Estou indo embora.
É de conhecimento de alguns que a algum tempo eu estou me preparando para sair de casa. E já que pra mim seria um belo desafio sair de casa eu resolvi torna-lo ainda maior: sair também do pais.
Eu fiz essa escolha por uma grande quantidade de questões que vão desde o aspectos profissionais até pessoais. Fica mais fácil pra mim dizer que eu não estou indo por não amar meu paÃs, amar minha famÃlia ou amar meus amigos. A quase um ano eu tenho me empenhado muito nisso, batalhei um bocado, comi minha fatia no tal pão-que-o-diabo-amassou, me privei de muitas coisas e tive que fazer minhas escolhas e colher suas conseqüências. Isso é a vida, fazer escolhas.
Durante essa preparação houveram algumas alterações nos meus planos. Inicialmente eu iria pra Bélgica. Então eu recebi uma proposta muito boa mas eu recebi uma proposta muito boa para trabalhar na capital dos Estados Unidos, Washington DC. Vou trabalhar no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Isso por si só já seria muito legal mas é também um projeto na área do meio ambiente, uma rede social de ligada ao mercado de créditos de carbono como espaço para troca de conhecimentos e informações. Eu estou na equipe que vai viabilizar tecnicamente essa rede. É muito gratificante saber que eu vou trabalhar num projeto que vai colaborar na preservação do planeta.
Você pode estar perguntando como isso aconteceu. Eu posso adiantar uma comentários acerca de uma realidade que eu tenho percebido a algum tempo. O sucesso é feito de competência e sorte. Dessa vez fui eu o cara certo, na hora certa no lugar certo. Isso explica mais ou menos a coisa toda.
Já se foram quase dois meses planejando tudo, saindo do meu antigo emprego, resolvendo muita papelada, tirando todos os documentos (eu perdi quase todos os documentos que se pode imaginar quando eu estava na europa ano passado). Estou chegando aos últimos passos antes do salto de paraquedas. Estive em BrasÃlia me apresentando na embaixada dos Estados Unidos para as questões relativas ao visto americano. Felizmente é um tipo de visto (G-4) concedido para organizações internacionais como o BID que facilitou muito o processo pra mim. São muitos detalhes para uma mudança como essa já que estou indo sem previsão de quando voltar. Moradia, seguro de saúde, passagem, transporte, moeda, milhares de documentos… mas o mais difÃcil talvez seja confrontar essa mala e colocar toda minha vida (material) lá dentro. A idéia é levar um punhado de roupas, uns remédios, umas lembranças e o resto eu reponho por lá. A tranqüilidade vem de saber que as coisas realmente importantes não se pode tocar nem por numa mala.
Agora me restam só alguns dias em Fortaleza mas pra falar a verdade minha despedida já começou a muito tempo atrás. Muitos amigos transformaram esses últimos meses não só numa despedida incrÃvel e em muita experiência. Levo isso também na bagagem, boas lembranças e saudades.
Vai ser a minha oportunidade de (re)começar. De melhorar meu inglês e aprender espanhol. Aprender a me virar completamente sozinho. Ralar uma grana pro mestrado. Mergulhar numa outra cultura e outro mundo. Cultivar novas amizades. Viajar. Crescer.
A comunidade “Nunca quebrei um osso” acaba de perder um membro.
A tradicional Taça PET da Computação é um evento de confraternização onde anualmente eu provo minha brasilidade jogando um pouco de futebol no time Eu Podia Tá Matando (onde os jogadores por obrigações contratuais também não podem exercer o limite de um dia de futebol por ano). Mantemos também outras tradições como batalhar pelo último lugar, termos o artilheiro (no número de gols em módulo) do campeonato e é claro enfrentar nossos rivais e arqui-inimigos Nerdproud. Você pode conferir a cobertura do campeonato de 2007 e 2008 (já que em 2009 por motivos de preguiça maior não pude jogar o que levou o time a um desbalanceamento drástico que fez com que ele chegasse à final do campeonato).
Uma outra tradição do torneio e do nosso time é manter uma boa média de lesões por jogo. O Heraldo já quebrou o braço (até hoje não entendi porque estávamos dividindo uma bola se éramos do mesmo time) e o Marco já teve uma contusão no braço. Inclusive se alguém tiver contato com alguma operadora de plano de saúde estamos aguardando sermos sondados para patrocÃnio.
Na edição de 2010 abrimos o campeonato contra os Pequenos (o time dirigido pelo professor Marcelino e tradicionalmente está envolto em polêmicas quanto à sua regularidade na competição). Nos primeiros 2 segundo de jogo numa disputa de bola fui atropelado. Sem muita experiência na fina arte de cair no chão eu me apoiei com o braço direito e fiquei com uma dor no antebraço. Nós não tÃnhamos jogadores reservas e eu não tinha idéia que meu rádio estava fraturado. Segurando com meu braço esquerdo o meu braço direito decrépito eu aguardei o final do primeiro tempo para conseguir gelo. Como também me faltava experiência em quebrar ou fraturar ossos (meus) eu achava que iria doer bem mais quando acontecesse. Fui dirigindo até o hospital do jeito que deu. O resultado taÃ. Feliz ao ser informado pelo traumatologista que dos 2 milÃmetros de desvio do escafoide faltaram um para uma cirurgia mais séria. Soube depois que o mesmo time também acrescentou ao saldo mais dois dedos quebrados.
Já troquei o gesso por essa bela órtese que me permite alguns movimentos como escrever esse texto e em seis semanas posso voltar a dirigir.
Essa quinta-feira, dia 6 de Maio de 2010, conversaremos sobre Android na palestra “Android: Visão Geral” a partir das 18:30 na Faculdade Evolução (R. Pedro I, 1276, no Centro). A ideia é falar por cima sobre o mercado mobile, o desenvolvimento Android, as possibilidades e os conceitos principais sobre suas aplicações.
Maiores detalhes sobre inscrição e a grade completa do evento:
Até lá.
Atualizado: slides que eu usei: